Abapa promove curso de Operação de Tratores Agrícolas para mulheres no distrito de Rosário

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Depois do sucesso em Luís Eduardo Magalhães, o curso de Operação e Manutenção de Trator Agrícola, exclusivo para mulheres, chegou ao Rosário, distrito de Correntina, na Bahia. A qualificação é oferecida pela Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) e ministrada pelo SENAR/BA. A primeira turma começou no dia 22 de novembro e segue até 26. A próxima será realizada entre os dias 06 e 10 de dezembro, cada uma delas, com carga horária de 40 horas, e com 15 participantes.
A demanda no Rosário – microrregião do Oeste da Bahia que fica mais afastada dos grandes centros urbanos, como Barreiras e Luís Eduardo Magalhães – é formada em sua maioria por jovens mulheres, estudantes de ciências agrárias, ou atuantes em áreas como o comércio e em escritórios de empresas ligadas ao agro. É o caso de Loiane Elias Abreu, de 28 anos, estudante de Agronomia em Divinópolis do Goiás, na divisa com a Bahia, a cerca de 100 quilômetros do Rosário. Ela ficou sabendo do curso através da irmã, que mora no Piauí, e não pensou duas vezes.
“Adoro um desafio, e acredito que este curso vai ajudar até mesmo nos conhecimentos para a minha faculdade”, afirma. Ela está desempregada, no momento, e acredita que uma habilitação em operação de trator agrícola pode ampliar sua empregabilidade. “Já dirijo ônibus e caminhão, não profissionalmente, e, quando pode, meu pai, que trabalha numa fazenda, me ensina a pilotar as máquinas. Mas aqui terei a educação formal para isso”, conclui.
Thaynara Joyce dos Santos, sua colega de turma, tem apenas 18 anos, e mal vê a hora de sair da teoria para a prática. “Estou no segundo dia de aula, aprendendo os conceitos, mas ansiosa para pilotar o trator”, diz. Ela é uma das participantes do programa Jovem Aprendiz Rural, que a Abapa conduz na Região do Rosário, junto com o Sistema Faeb/Senar/Sindicatos, com o apoio das prefeituras dos municípios de Correntina, na Bahia, Posse e Guarani, em Goiás, e foi liberada junto com outras quatro colegas para participar desta formação. Estudante de Zootecnia, a jovem acredita que o curso pode ajudá-la com as disciplinas da faculdade. “Mas não descarto trabalhar como operadora de trator”, afirma.

Quebra de paradigma

No último dia 19 de novembro, as alunas participaram da aula inaugural, que teve como palestrante a produtora rural Patrícia Morinaga, jovem liderança local e membro da diretoria da Abapa. Segundo Patrícia, a possibilidade de ver mulheres operando tratores ainda não lhe havia ocorrido, mas a experiência de participar como convidada da aula inaugural foi uma quebra de paradigma.
“O entusiasmo delas é contagiante. Da mesma forma, a maneira como se agarram a esta oportunidade para impulsionar suas carreiras. Precisamos rever conceitos, assim como repensar os nossos locais de trabalho. Teremos excelentes profissionais disponíveis, e, para aproveitar essa oferta, precisaremos nos adequar. Muitas fazendas não possuem, ainda, alojamentos femininos e outras estruturas voltadas às mulheres, e, se não mudarmos isso, vamos perder a chance de contratar grandes talentos”, explica. “Creio que este curso é um primeiro passo que vai desencadear uma reação em cadeia muito positiva no agro do Oeste da Bahia”, projeta a cotonicultora.

Fonte: Ascom Abapa

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