Ceasa: Barreiras está sendo preterida mais uma vez

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Fotos Ceasa Brasília/DF
Mais uma vez a cidade de Barreiras está sendo preterida e poderá perder um importante empreendimento estatal ou de capital misto que poderia consolidar ainda mais a cidade como pólo regional. Durante a visita da ministra da agricultura, Kátia Abreu, na última edição da Bahia Farm Show, realizada em maio deste ano, o prefeito de Luís Eduardo Magalhães, Humberto Santa Cruz, solicitou a instalação da Ceasa no município e recebeu de imediato o pedido da ministra para adquirir o terreno que o Ministério de Agricultura providenciaria a construção do Centro de Abastecimento do Oeste da Bahia naquela cidade.
Nada contra Luís Eduardo Magalhães, mas no quesito hortifrutigranjeiros, o normal é que o Ceasa fosse instalado no vale em função da localização geográfica, do entroncamento rodoviário existente e dos projetos de irrigação da Companhia de Desenvolvimento dos Vales dos Rios Parnaíba e São Francisco (Codevasf) nos municípios de Barreiras, Riachão das Neves e São Desidério. No total, os projetos Barreiras Norte (2.100ha), Nupeba (3.000ha), Riacho Grande (1.600 ha) e São Desidério/Barreiras Sul (2.500ha) perfazem mais de 9 mil hectares irrigados que poderiam facilmente abastecer a Ceasa e serem comercializados não só os municípios do Oeste da Bahia, mas também do Sul do Piauí, Chapada Diamantina, Tocantins e Norte de Minas.
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Fotos Ceasa Brasília/DF
As Ceasas surgiram no Brasil no final da década de 1960, quando o Governo Federal identificou um grande estrangulamento no sistema de comercialização de hortifrutigranjeiros no país e a instalação de uma unidade no vale poderia ser a redenção final desses projetos de irrigação que passam por percalços devido às dificuldades que os produtores têm em comercializar suas produções ou mesmo levarem para a Ceasa de Brasília/DF, distante 660 de Barreiras, sendo obrigados a disponibilizar suas produções para intermediários.
Ademais, os agricultores familiares dos projetos de reforma agrária poderiam ser definitivamente introduzidos na cadeia produtiva de alimentos. No vale existem vários projetos de reforma agrária, inclusive o maior do América Latina está fincado no vizinho município de Angical e tem mais de 86 mil hectares.
Agora o que ser questiona no caso, é o que nossos representantes, prefeitos, vereadores, deputados e empresários dos municípios do vale estão fazendo para reverter a situação. Ainda dá tempo para convencer a ministra do erro que será cometido caso o Ceasa não seja instalado no vale.

Eduardo Lena
Jornal Nova Fronteira

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